quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Tom Jobim - Sabiá

A vontade de liberar tudo o que há de luz no mundo, fazendo rir até os olhos esquecidos por quem os amou, fazendo cor até onde não há nenhum tipo de formas, como é doce quebrar o padrão desesperançoso, com o homem não sendo o lobo do homem. Ser, seja sempre, sempre sim, sem simulação, sussurando sorrisos, sorrindo sóbrio seus sentimentos, sonhando, subindo, soprando seu ser sujo, subestimado, supérfluo, sumindo sem saudade. Sendo sinceridade, sendo sem sentido, sonatas salientando seus suspiros suaves, surreal. Sua sina se sobrepõe, saindo suas sombras, superando sem sofrer seus surtos. Sola sem saber, sem seguir sábios, sem surdez social, salta! supere-se! sobretudo seja sim, seja sempre, só seja. Eu quero é versos livres, versos brancos para falar daquilo que já se desgastou. Adivinhe, eu quero amar, eu quero ser poética, sendo patética, quero contar minha história trágica que em outros olhos talvez se reflita mágica, hoje eu quero falar de amor.. Quem nunca se achou meio louco de vez em quando? Mas louco é quem me diz e não é feliz, não é feliz.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Os Mutantes - Chão de Estrelas

"Para nós e nossa tragédia, pedimos vossa audiência e suplicamos clemência."

Zumbanos

Silêncio é o que pareço ouvir entre os cânticos dos que esqueceram a vida
Focados em seus afazeres, desfazeres e fazeres de outros, que por si, observam os deles
Coisas que se desintegram de suas memórias e se vão com o ar expirado de seus pulmões
E no momento se fazem prioridade e para quem possuir, a grandeza (se supõe)
SENHORAS E SENHORES! Bem vindos ao nosso show
As melhores atrações vivem aqui onde agora estou
Zumbanos de todos os tipos, cores, etnias, religiões e ideais
Observem, observem as criaturas que se satisfazem não hoje, mas jamais!
Neste circo de mutantes todos ganhamos entrada franca
Aproveite minha senhora, ouça sobre o que ele canta
É sobre amor, é sobre paz, fogo, terra ou ar?
Meu senhor, onde acha que eles vão parar?
Aproximem-se, aproximem-se para ver de camarote
A luta de um só, restando de final que ele se derrote

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

The Who - 1921

Um, dois, três e quatro
Escreva até dez num caderno velho
Algumas linhas e um suspiro
Teus olhos cansados que aqui espelho
Lápis, lápis, borracha
Mas nós preferimos caneta
Pois é no impulso que se acha
Nossas verdadeiras facetas
Nalu pintou seu mundo de azul. Vermelho, amarelo, verde e anil, Nalu usou as cores de tudo e tudo para ela sorriu. Nalu olhou para o mundo de fora, o mundo do "tudo-ao-mesmo-tempo-e-agora", as cores apagadas, tão sem vida.. Estranho para sua realidade colorida. Nalu pegou seu pincel e se colocou a pintar, pintou todas as misérias com cor de ar. Cantando suas cores e pintando suas canções, Nalu sorria a lírica de Camões. Depois do trabalho feito sem qualquer ardor, voltou para o seu mundo e o mudou de cor.
Penso e sinto, logo, sou um desconcerto ambulante.

domingo, 2 de agosto de 2009

Os Mutantes - Qualquer Bobagem

Ela tem suas lembranças, ela tem seus medos, nas suas reentrâncias ela escurece cedo. Ela aplaude de pé quem consegue ser o que é, ela fala de amor um pouco demais até.

A primeira frase de um texto me intriga.. Deve ser a parte mais difícil de todo o livro, aquela maldita primeira frase. É como o primeiro passo de uma longa jornada, aquele que pode fazê-lo desistir pois "ainda dá tempo". É o primeiro conceito que se tira, a primeira opinião, pois minha maldita primeira frase se resume nesta: Não prometo qualidade, quantidade ou continuidade, siga em frente se assim desejar.

Faça, disfarça, desfaça sua farsa. Fita o fato que lhe fita, reflita. Tenda, arrebenta, surpreenda, arrependa, era lenda.

Bem vindos ao pedaço de mundo da menina camaleão, desequilibrada, menina do sim e do não, do tudo e do nada. (ou qualquer coisa)